Com poder explosivo só menor que o caso das propinas levantado pelo Gaeco, vem aí o mais novo escândalo envolvendo agora, também, a Assembléia. É o caso das escolas contratadas e algumas parcialmente pagas sem que nada fosse concluído.
O Ministério Público do Paraná está investigando o caso. O Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos, da Polícia Civil, apura se houve irregularidades nos pagamentos feitos à empreiteira responsável por seis obras, Valor Construtora e Serviços Ambientais, que já recebeu mais de R$ 19 milhões.
A Valor foi constituída dias antes de ser contratada para a execução das obras. Os três sócios,, em seguida à assinatura dos contratos, trataram de transferir as cotas para uma mulher moradora em um bairro da periferia. Um dos sócios comprou uma Mercedes zero quilômetro.
O dinheiro veio de um cheque de milhões devolvido pela Assembléia como sobra de caixa e com destino carimbado. A Secretaria de Educação do Paraná pagou pela construção e reformas de escolas que estão quase prontas, porém, apenas no papel. Seis obras consumiram milhões em dinheiro público, mas ainda falta muito para que os colégios possam receber os estudantes.
Como anunciado na época, governador Beto Richa assegurou que aplicaria nos municípios paranaenses menos desenvolvidos os milhões devolvidos pela Assembleia Legislativa aos cofres do Estado. Os recursos seriam resultado da economia feita com a reorganização administrativa promovida pelo legislativo ao longo do ano.
Um cheque simbólico com o valor foi entregue ao governador pelo presidente da Casa, deputado Valdir Rossoni, assistido pelo primeirto secretário Plauto Miró e Ademar Traiano, então líder do governo.
“São medidas que auxiliarão o Estado na implementação de ações importantes para a população. É uma mostra de que o Legislativo está em sintonia com o momento de austeridade e transparência do governo”, disse Beto Richa.
“Os recursos serão revertidos em obras nas cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. O Paraná realiza um esforço para garantir mais investimentos públicos e privados nas regiões mais pobres do Estado”, afirmou o governador, que agradeceu o esforço dos 54 deputados estaduais.
De acordo com o deputado Rossoni, a devolução dos recursos ao governo foi possível graças a um conjunto de medidas administrativas que inclui a redução do número de funcionários, revisão de contratos e cortes da cota de combustíveis e de gratificações indevidas pagas a funcionários, entre outras.
Fonte... Cícero Cattani
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