Mãe espera 6 horas em postinho pra atendimento de filho
Elaine Felchacka
Gerson Klaina |
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Prefeitura admite defasagem de profissionais da saúde. |
A
educadora Odete Oliveira passou seis horas de agonia até o filho ser
atendido e medicado no Pronto Atendimento 24 horas do Alto Maracanã, em
Colombo. A mãe precisou deixar o trabalho, por volta das 15h de
quarta-feira, para buscar o menino de sete anos na escola e levá-lo ao
pronto-socorro. Com fortes dores de cabeça e febre alta, a mãe temeu que
o menino sofresse convulsões, mas nem assim conseguiu atendimento
rápido. “Tomei um chá de cadeira. Fiquei seis horas esperando, só tinha
um médico isso é uma calamidade”, reclama Odete.
No meio da
madrugada de ontem, ela precisou novamente levar o filho ao pronto
atendimento, mas com medo da demora, preferiu ir até o Centro Municipal
de Urgências Médicas do Boa Vista, em Curitiba. “A minha cunhada já
precisou ir lá também. Ela estava com cálculo renal, mas não aguentou
esperar no Maracanã. A população está revoltada”, acrescenta Odete.
Gerson Klaina |
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Cândida: duas horas de espera por consulta agendada. |
Na manhã de ontem, foi registrado um caso similar no PA do Alto
Maracanã, mas pela falta de especialista. A atendente de telemarketing
Cândida Rosa Ribeiro dos Santos aguardou duas horas para se consultar
com um ortopedista. Com o tornozelo quebrado, a jovem teve a consulta
marcada para as 9h, chegou 20 minutos antes para não correr riscos de
perder a vez, mas também teve de esperar. “Me disseram que o médico só
chegaria às 11h, porque está atendendo no consultório dele. Mas já estou
acostumada. Trouxe lanche e água para meu filho‘, contou Cândida, que
levou o irmão para ajudar a cuidar do filho e empurrar sua cadeira de
rodas.
Faltam médicos
A Prefeitura de Colombo admite dificuldades no setor de saúde. No
levantamento feito no primeiro mês de gestão, a Secretaria Municipal de
Saúde apontou déficit de 55 médicos. Em janeiro, foram nomeados 13
profissionais, além de três profissionais do Programa de Valorização aos
Profissionais da Atenção Básica (Provab), mas apenas dez assumiram seus
postos. Outros que trabalhavam na cidade pediram desligamento.
FONTE : TRIBUNA DO PARANÁ.
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