Importação de médicos cubanos desperta ódio ideológico de tucanos e da direita
do Brasil 247
O anúncio oficial, pelo Ministério da Saúde, da vinda de quatro mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil tem reforçado o ódio ideológico ao PT. Além de qualificar a ação do governo como “eleitoreira”, o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, foi um dos primeiros, depois do anúncio da contratação, a colocar em dúvida a qualidade desses profissionais. Segundo ele, a atuação dos médicos cubanos em outros países “é muito próxima de brigada militar, ao invés de um profissional de saúde”. Nas redes sociais, as críticas de parlamentares da oposição também foram duras. “Nossos companheiros na importação de médicos cubanos: Bolivia.,Equador,Venezuela ,Haiti. Mas o Lula não disse q o SUS era perfeito?”, provocou o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG), um dos réus do chamado “mensalão tucano”. “A máscara caiu!!! Padilha assina convênio internacional para contratar 4 mil médicos cubanos”, escreveu o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), que é médico.
Caiado reforçou a tese de que os profissionais cubanos são escravos de jaleco “que não verão a cor do dinheiro” e ainda “serão cabos eleitorais”. Ele ainda acusou o governo de usar a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), com quem o Brasil assinou convênio, de “laranja” para importar cubanos. “Vão pagar R$ 500 milhões para serem repassados a Fidel Castro”, ataca. “Já estamos avaliando os termos desse acordo e não vamos admitir qualquer ação com base no trabalho médico escravo”, ameaçou, pelo Twitter.
O colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo seguiu a mesma linha de que a contratação dos médicos cubanos é uma forma de o governo brasileiro enviar dinheiro a Cuba. “Da forma como será, o Brasil será conivente com a escravidão de médicos cubanos e ainda mandará dinheiro para Cuba”, escreveu na rede social. Até o escritor e novelista Aguinaldo Silva fez sua provocação: “Enquanto examinam seus pacientes os médicos cubanos vão conversar com eles sobre o quê? Os males do capitalismo?”.
As mensagens levam a uma simples conclusão: as críticas são principalmente ideológicas, se referindo até mesmo a Fidel Castro, uma forma de mostrar que o sistema de governo da ilha é o principal problema para a contratação. Do time de críticos, ninguém sugere, no entanto, uma solução para resolver o déficit de médicos nas 701 cidades brasileiras que não foram escolhidas por nenhum profissional inscrito até agora no Mais Médicos. De acordo com o convênio com a OPAS, os cubanos trabalharão nesses municípios.
Em maio desse ano, quando o País cogitou a contratação de médicos cubanos, mas acabou anunciando o programa Mais Médicos, que aceita a inscrição de profissionais de qualquer país, a revista Veja escancarou esse preconceito: declarou que a vinda dos cubanos irá inundar o Brasil de espiões comunistas (relembre aqui). “Deixar o Partido dos Trabalhadores comandar a política externa dá nisso”, diz o texto da jornalista Nathalia Watkins, usando uma linguagem do tempo da Guerra Fria.
Contra os ataques, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esclarece, por exemplo, que 84% dos médicos cubanos que vão atuar nesses municípios têm mais de 16 anos de experiência. E que muitos falam português por terem participado de missões em países lusófonos. Todos já cumpriram missões em outros países e todos têm experiência em medicina familiar e comunitária, uma grande carência em cidades pobres e distantes das capitais no País.
O anúncio oficial, pelo Ministério da Saúde, da vinda de quatro mil médicos cubanos para trabalhar no Brasil tem reforçado o ódio ideológico ao PT. Além de qualificar a ação do governo como “eleitoreira”, o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, foi um dos primeiros, depois do anúncio da contratação, a colocar em dúvida a qualidade desses profissionais. Segundo ele, a atuação dos médicos cubanos em outros países “é muito próxima de brigada militar, ao invés de um profissional de saúde”. Nas redes sociais, as críticas de parlamentares da oposição também foram duras. “Nossos companheiros na importação de médicos cubanos: Bolivia.,Equador,Venezuela ,Haiti. Mas o Lula não disse q o SUS era perfeito?”, provocou o deputado Eduardo Azeredo (PSDB/MG), um dos réus do chamado “mensalão tucano”. “A máscara caiu!!! Padilha assina convênio internacional para contratar 4 mil médicos cubanos”, escreveu o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), que é médico.
Caiado reforçou a tese de que os profissionais cubanos são escravos de jaleco “que não verão a cor do dinheiro” e ainda “serão cabos eleitorais”. Ele ainda acusou o governo de usar a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), com quem o Brasil assinou convênio, de “laranja” para importar cubanos. “Vão pagar R$ 500 milhões para serem repassados a Fidel Castro”, ataca. “Já estamos avaliando os termos desse acordo e não vamos admitir qualquer ação com base no trabalho médico escravo”, ameaçou, pelo Twitter.
O colunista da revista Veja Reinaldo Azevedo seguiu a mesma linha de que a contratação dos médicos cubanos é uma forma de o governo brasileiro enviar dinheiro a Cuba. “Da forma como será, o Brasil será conivente com a escravidão de médicos cubanos e ainda mandará dinheiro para Cuba”, escreveu na rede social. Até o escritor e novelista Aguinaldo Silva fez sua provocação: “Enquanto examinam seus pacientes os médicos cubanos vão conversar com eles sobre o quê? Os males do capitalismo?”.
As mensagens levam a uma simples conclusão: as críticas são principalmente ideológicas, se referindo até mesmo a Fidel Castro, uma forma de mostrar que o sistema de governo da ilha é o principal problema para a contratação. Do time de críticos, ninguém sugere, no entanto, uma solução para resolver o déficit de médicos nas 701 cidades brasileiras que não foram escolhidas por nenhum profissional inscrito até agora no Mais Médicos. De acordo com o convênio com a OPAS, os cubanos trabalharão nesses municípios.
Em maio desse ano, quando o País cogitou a contratação de médicos cubanos, mas acabou anunciando o programa Mais Médicos, que aceita a inscrição de profissionais de qualquer país, a revista Veja escancarou esse preconceito: declarou que a vinda dos cubanos irá inundar o Brasil de espiões comunistas (relembre aqui). “Deixar o Partido dos Trabalhadores comandar a política externa dá nisso”, diz o texto da jornalista Nathalia Watkins, usando uma linguagem do tempo da Guerra Fria.
Contra os ataques, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esclarece, por exemplo, que 84% dos médicos cubanos que vão atuar nesses municípios têm mais de 16 anos de experiência. E que muitos falam português por terem participado de missões em países lusófonos. Todos já cumpriram missões em outros países e todos têm experiência em medicina familiar e comunitária, uma grande carência em cidades pobres e distantes das capitais no País.
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